terça-feira, 6 de maio de 2008

Ninguém nasce mulher. Torna-se mulher.



Em 1949, sociedade francesa foi abalada por um contundente ensaio publicado por uma das mais famosas escritoras do país, Simone de Beauvoir. O título era “Le deuxième Sexe” (O Segundo Sexo), livro que desde então correu o Mundo e contribuiu definitivamente para a emancipação da mulher contemporânea. Uma profunda análise sobre o papel das mulheres na sociedade, e não só.
Estavam, em causa, na época, temas tão polémicos como a liberdade da mulher, a maternidade, a educação, o parto sem dor, o aborto, o adultério, a frigidez, o divórcio, a prostituição, respondendo "O Segundo Sexo" às inquietudes do momento com o célebre aforismo: "Ninguém nasce mulher, torna-se mulher." A pensadora de “Pour une Morale de l'Ambiguïté” (1947) não só é a primeira a elaborar uma crítica sistemática de Freud no âmbito da teoria feminista, como a defender que a feminilidade tem origem em estruturas sociais, antecipando, em mais de 20 anos, aquilo que viria a ser uma das questões centrais do feminismo da segunda vaga: igualdade/diferença.
Muito obrigada! Sem dúvida, uma mulher com M grande, a qual admiro muitíssimo e é uma referência para mim.

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