quarta-feira, 21 de maio de 2008

O Amor nos Tempos de Cólera



“..O problema da vida pública é dominar o território, o problema da vida conjugal é aprender a dominar o tédio...”

Esta é uma frase que me chamou a atenção, e como tal retirei-a deste excelente livro de Gabriel García Márquez, escritor colombiano e grande Senhor da literatura.

O Amor faz-nos estar de bem com a vida, connosco e com os outros, mas é tudo menos pacífico! Surpreender pela positiva, inovar à medida que o tempo vai passando e o mistério se vai desvanecendo não é para toda a gente... Requer esforço e darmos o melhor de nós próprios, o que vale sempre a pena.

É arriscado falar sobre o livro, sem cair em “lugares comuns”, e a obra é muito mais do que isso...
Uma das personagens aguarda 53 anos, 7 meses e 11 dias pela morte do seu “rival”, para ficar com a “mulher da sua vida”. O final do livro passa-se a bordo de um navio. Os dois protagonistas vão finalmente resolver a antiga história. Fala-nos de amor, morte e velhice. A capa do livro, a qual anexo, retrata-a muito bem.
Um cupido, símbolo da paixão, sentimento que guia o protagonista durante toda a sua existência. E ao fundo, o rio com o navio e a bandeira amarela da cólera.

Interessou-me pela delícia dos pormenores, os dramas acompanhados de sentido de humor q.b. O autor diverte-se e diverte-nos. Como a morte acidental que ocorre por causa de um papagaio. As banalidades do amor quotidiano retratado numa discussão caseira, originada por um sabonete ou a falta dele. Uma outra história de amor, diferente, desta vez construído.

Aconselho a leitura a quem não o leu... Se já o fizeram, expressem o que desejarem sobre ele...

1 comentário:

João Videira Santos disse...

Ler Marquez é conhecer um pouco da América Latina.